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O CONTINENTE
I - O tempo e o vento
O continentefaz parte da trilogiaO tempo e o vento, que Erico Verissimo escreveu entre os anos de 1949 a 1962. Se levarmos em consideração que já no final deO resto é silêncio, de 1943, o escritor Tonio Santiago (alter-ego de E. V.) imagina um livro sobre a formação histórica gaúcha através da passagem cíclica do tempo, pode-se argumentar que o autor levou vinte anos para a consecução de sua obra, que é, seguramente, o mais importante romance histórico já escrito no País.
Além disso,O tempo e o ventoassinala uma ruptura com aquilo que o próprio Erico vinha produzindo, no que se convencionou chamar de sua primeira fase. Nela se percebia ainda um escritor hesitante, cheio de talento, mas incapaz de encontrar o seu verdadeiro caminho. São relatos urbanos, de temática sentimental, com observações sobre os costumes das classes médias, voltados em sua maioria para jovens casais (Clarissa - Vasco; Fernanda - Noel) que tentam um "lugar ao sol", através de existências baseadas na procura da bondade, da ética e da beleza.
A tendência excessiva de poetizar a realidade - exceto emCaminhos cruzados- conspira contra a força dramática desses livros. Todavia, ao elaborarO tempo e o vento, E. V. rompe com o sentimentalismo exagerado e com as "facilidades" artísticas da primeira fase e alcança o seu apogeu.
1. CONCEPÇÃO GERAL DE O TEMPO E O VENTO
Através dos dramas individuais localizados na sucessão de várias gerações das famíliasTerraeCambará- que se entrelaçam duas vezes - E. V. realiza uma investigação da história rio-grandense, conotando os destinos de seus personagens com os momentos decisivos da formação da província sulina.
2. ABRANGÊNCIA TEMPORAL
O continentetem a duração de cento e cinqüenta anos, iniciando com um episódio nas Missões Jesuíticas, em 1745, e terminando com o fim do cerco ao sobrado dos Cambarás, em junho de 1895.
O retratoeO arquipélagosomados duram apenas cinqüenta anos, pois O tempo e o ventoacaba cronologicamente em 1945, com a queda de Getúlio Vargas, que representa o crepúsculo da dominação dos estancieiros gaúchos sobre o país. Em seu conjunto, portanto, o romance abrange exatamente dois séculos.